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Segunda-feira, 10/12/2007

Craque viaja dia 16 para Zurique e espera vencer de novo a disputa de melhor jogadora do mundo. Enquanto isso, craque curte férias no Rio de Janeiro

'Maracanã está bem encaminhado'
Presidente do Flamengo diz que parceria com Flu e CBF está fluindo bem
GLOBOESPORTE.COM No Rio de Janeiro

Artetec e Random Arquitetura
Artetec e Random Arquitetura
Matacanã está perto de Fla, Flu e CBF

Uma série de reuniões em Londres deixou o Maracanã ainda mais perto de Flamengo, Fluminense e CBF. O trio vai se juntar à empresa ISG - subsidiária da gigante IMG - para administrar o estádio de forma conjunta.

Nesta quarta-feira, os representantes do Rubro-Negro que estavam na capital inglesa reúnem-se com o presidente Márcio Braga para traçar os próximos planos.

- Estamos na fase final de entendimentos. Agora, vamos assinar a carta de intenções. Diria que o Maracanã está bem encaminhado - declara Braga.

O edital para a licitação do estádio sairia em novembro. Entretanto, de acordo com o secretário estadual de Esporte, Eduardo Paes, a nova data será em "meados de janeiro". Se pegar o estádio, o ISG pretende ampliá-lo para 110 mil lugares, com 90 mil "comuns" e 20 mil "premium". O custo estimado da obra é de US$ 200 milhões.

O atacante Vágner Love, do CSKA Moscou e da seleção brasileira, está de férias no Brasil. O jogador, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM no Rio de Janeiro, confirmou que planeja se transferir para um grande centro do futebol mundial num futuro próximo.

Com contrato vigente por mais um ano no CSKA, Love disse que não recebeu propostas oficiais de outros clubes, mas fica feliz ao ouvir seu nome no noticiário (o Fiorentina, da Itália, estaria interessado segundo a imprensa européia.

O atacante fala ainda sobre Dunga e a seleção brasileira e garante que está completamente recuperado de uma lesão na panturrilha que o afastou do último jogo do CSKA pela Liga dos Campeões, quarta-feira, contra o Fenerbahçe.

Goleiro do tri, Felix completa 70 anos
Ex-jogador acredita em sucesso do Fluminense na Libertadores e não poupa críticas à CBF
Fabrício Costa Fabrício Costa Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro entre em contato

Reprodução
Aos 70 anos, Félix, goleiro do tricampeonato mundial, põe fé no Fluminense na Copa Libertadores em 2008 e critica a Confederação Brasileira de Futebol

Um dos maiores ídolos da história do Fluminense e goleiro tricampeão com a seleção brasileira em 1970, no México, Felix completou, nesta segunda-feira, dia 24 de dezembro, 70 anos. Com a agilidade da época de jogador, o Papel - como ficou conhecido devido à leveza e às defesas espetaculares - atualmente coordena uma cooperativa de ex-atletas, em São Paulo.

Passados 30 anos desde que pendurou as luvas, Felix não conseguiu se desvencilhar do meio esportivo. Neste ano, foi gerente de futebol do Inter de Limeira, time do interior paulista, e ainda sonha com uma volta aos estádios. Calma! Não na função de goleiro, mas como técnico ou torcedor número 1 do neto mais novo.

- Meu maior sonho é ver um dos três netos (Juliana, de 21 anos, Raphael, de 18, e Giovanni, de 9) seguir a carreira de jogador de futebol. Não precisa ser na mesma posição minha (risos). Apesar de o Giovanni, que é quem mais leva jeito para o esporte, já ensaiar algumas defesas como goleiro de handebol na escola - revela Felix, que, por dez anos (de 68 a 77), reinou absoluto à frente do gol do Tricolor das Laranjeiras. Aliás, o arqueiro conquistou no Flu cinco Campeonatos Cariocas (69, 71, 73, 75 e 76) e a Taça de Prata (70), o Brasileirão da época.

GLOBOESPORTE.COM: O que você faz atualmente?
FELIX: Sou coordenador de uma cooperativa de ex-atletas em São Paulo. Somos terceirizados da prefeitura. Neste caso, sou responsável pela fiscalização de todos os professores da capital. Percorro todas as unidades do projeto, auxiliando os colegas de profissão. Era proprietário de oficinas e agências de carro, mas não tenho muita paciência para o comércio. Gosto mesmo é de futebol.

O Fluminense tem chances de vencer a Libertadores?
Falta um pouco de experiência. O clube disputou só algumas vezes a competição. Em uma das ocasiões, eu era jogador (em 1971). Lembro que fomos eliminados num jogo contra o Palmeiras, no Maracanã. Mas acredito que o Fluminense está no caminho certo. Contratou bons atletas até o momento. Se for absolvido do doping, o Dodô é um ótimo reforço. Enquanto o Washington tem presença de área. Assim como o Finazzi do Corinthians, a bola bate na canela dele e entra (gargalhadas).

Fiquei chateado com a escolha do Oliver Kahn como o melhor jogador da Copa do Mundo de 2002. Acho que o Marcos foi injustiçado. Naquela ocasião, ele é que deveria ter sido considerado o destaque pela Fifa.

Você tem vontade de participar da organização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil?
Acho que posso contribuir, sim. Mas a CBF não dá valor aos ex-jogadores. Um ou dois são lembrados. O restante cai no esquecimento. Os campeões do mundo poderiam ser distribuídos entre as cidades-sede. Tem gente suficiente para isso, falta é boa vontade.

Existe alguma mágoa com a CBF?
O Ricardo Teixeira (presidente da Confederação Brasileira de Futebol) prometeu conceder planos de saúde a todos os atletas. Desde a primeira partida da Copa do Mundo na Alemanha, estamos esperando uma ajuda da CBF. Mas até hoje não obtivemos uma resposta. Votei no Prêmio Craque do Brasileirão 2007, só que não fui convidado para a solenidade. No ano passado, fui ao evento com dinheiro do próprio bolso. Neste ano, não tive o mesmo ânimo.

Goleiro Felix na seleção brasileira tricampeã da Copa do Mundo, no México, em 1970

Reprodução

Quem são os melhores goleiros da atualidade?
Posso lembrar de cinco nomes. Todos brasileiros, pode ser? Rogério Ceni, Fábio, Dida, Gomes e Hélton. Esses têm condições de vestir a amarelinha. E, tenho certeza, não vão decepcionar.

Você teve alguma decepção nos últimos anos?
Fiquei chateado com a escolha do Oliver Kahn como o melhor jogador da Copa do Mundo de 2002. Acho que o Marcos foi injustiçado. Naquela ocasião, ele é que deveria ter sido considerado o destaque pela Fifa.
Para ser treinador no país, é preciso ter empresário. Alguém para te puxar. Caso contrário, fica parado mesmo. Além disso, alguns técnicos não querem que outros entrem no mercado. E dificultam ao máximo o ingresso de ex-jogadores nessa profissão.

Pensa em voltar a ser técnico após experiências curtas à frente de Madureira, Botafogo e Fluminense?
Quero voltar a ser treinador. Fiz boa campanha com o Madureira. Fomos campeões da Segunda Divisão carioca, em 82. No Botafogo, neste mesmo ano, foram só três meses. Não deu para mostrar serviço. Já no Fluminense, fui treinador dos juniores e ao mesmo tempo preparador de goleiros de 77, quando me aposentei, até 80.

O mercado de técnicos no Brasil é complicado?
Para ser treinador no país, é preciso ter empresário. Alguém para te puxar. Caso contrário, fica parado mesmo. Além disso, alguns técnicos não querem que outros entrem no mercado. E dificultam ao máximo o ingresso de ex-jogadores nessa profissão.

* OBS: Procurada, a assessoria de imprensa da CBF não retornou as ligações do GLOBOESPORTE.COM