Lobão assume Ministério de Minas e Energia na segunda-feira

Lobão assume Ministério de Minas e Energia na segunda-feira

Brasília - O senador Edison Lobão (PMDB-MA) é o novo ministro de Minas e Energia. A cerimônia de posse será na próxima segunda-feira e Lobão já participará da próxima reunião ministerial, na quarta-feira. O convite ao parlamentar foi oficializado na noite dessa quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente chegou a pedir o adiamento do encontro, mas ao final do dia decidiu que era melhor efetivar logo o novo ministro.

Ao anunciar que aceitou o convite, no momento em que caía um temporal na cidade, o senador descartou a possibilidade de falta de energia no país devido à escassez de chuvas: "Não haverá apagão nenhum. As autoridades do Ministério de Minas e Energia têm tomado todas as providências. Temos que ser otimistas, otimismo com responsabilidade é o que se está fazendo no setor elétrico no Brasil. Não passamos por esse risco de apagão."

O nome de Edison Lobão foi indicado pelo PMDB. A pasta era ocupada anteriormente pelo ex-secretário executivo da pasta, Nelson Hubner, desde maio do ano passado. Antes, o cargo era ocupado por Silas Rondeau, apadrinhado político do senador José Sarney (PMDB-AP), que deixou a cadeira depois da Operação Navalha, da Polícia Federal. Rondeau foi acusado de receber R$ 100 mil da empreiteira Gautama para fraudar licitações do Programa Luz para Todos.

Até o final do ano passado, o governo aguardava a denúncia do Ministério Público sobre o caso e mantinha esperanças da inocência de Rondeau. Contudo, o PMDB cansou de esperar pela recondução do aliado ao posto e Lula teve que aceitar as pressões para efetivação de um peemedebista. Sarney indicou Lobão. O senador é jornalista e não tem experiência no setor.

O anúncio ocorre no momento em que o filho do senador, Edison Lobão Filho, enfrenta denúncias de corrupção. Ele é suplente do pai e assumirá o mandato com a ida de Lobão para o Ministério de Minas e Energia.

Desde maio do ano passado, quando Rondeau deixou o cargo após suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos públicos desarticulado pela Operação Navalha, da Polícia Federal, o Ministério de Minas e Energia estava sob o comando interino de Nelson Hubner, que era o secretário-executivo.