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O que fazer com tanta informação?

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Mensagem por Admin Qua Dez 12, 2007 5:40 am

On demand. Informação em jornais, TV, rádios e internet. O que é notícia pela manhã já está ultrapassado na metade do dia. Todas as mídias, constantemente, estão transmitindo informações para a mente do jovem. E até mesmo mídias alternativas, como celular e internet, oferecem uma enorme quantidade de conteúdo minuto a minuto. No fim do dia, depois desse bombardeio, alguém pode até refletir e questionar se tudo o que lhe foi oferecido era realmente necessário. E isso não se refere apenas ao público jovem. Toda a sociedade convive com excesso de informação.

A constatação de que informação em excesso está confundindo a cabeça do jovem foi confirmada por uma pesquisa promovida pela Editora Abril Jovem, apresentada no início do mês de novembro a mais de 700 publicitários em um encontro em São Paulo. Denominada “Novos consumidores”, a pesquisa revelou a tendência de consumo do brasileiro entre 8 e 24 anos: um jovem apressado, ansioso por novidades, preocupado com o bem-estar, que valoriza seu país, desconfiado devido à gigantesca quantidade de informação que recebe e que, por isso, requer filtros de informação.

Cerca de 750 jovens das classes A e B de São Paulo, Rio de Janeiro e Ribeirão Preto foram ouvidos na pesquisa e divididos em dois grupos e ficou provado que, mesmo entre os jovens, a influência entre amigos é muito forte. Os dois grupos compõem o que os pesquisadores chamaram de “geração seleção”. Jovens que não querem mais perder tempo e não mais celebram a democratização da informação. Ao contrário, sentem-se atordoados e não sabem o que fazer com o que lhes foi oferecido. “O jovem recebe informação o tempo todo. Mas ele já deseja e precisa de uma pessoa que as selecione e faça para ele um processo de separação, indicando o que é realmente relevante. Um exemplo clássico dessa sobrecarga é simples. Basta acessar o site de pesquisa Google, digitar a palavra “maçonaria”, e cerca de 910 mil páginas sobre o assunto serão abertas. Mas qual delas é confiável?”, questiona a diretora de Redação da Abril Jovem, Brenda Fucuta, coordenadora da pesquisa.

Segundo ela, os jovens querem marcas e conteúdos que os ajudem a filtrar a informação e o mundo. Ou seja, para eles, milhares de informações na internet não ajudam, na verdade, atrapalham. O jornalista Gilberto Dimenstein, por sua vez, defende a idéia de que nesta nova etapa da comunicação, a imprensa deveria rever seus conceitos e ao invés de apenas noticiar, deveria contextualizar, criando um processo mais rigoroso de seleção e recriando uma linguagem que mescle comunicação e educação. “O comunicador terá de ir além da clareza das matérias. Educadores e comunicadores ficarão mais próximos no esforço de converter informação em conhecimento, transformando algo útil para os indivíduos”, explica.

Publicitário e microempresário, o mineiro Rafael Fonseca, 23 anos, passa por esse desafio todos os dias. Ele busca manter-se atualizado pela internet e alguns programas específicos de TV. “Só busco informações que são importantes para me sustentar, profissional e espiritualmente”, afirma. Fonseca acredita que o jovem precisa ter a mente de Cristo para saber reter o que é bom nesse processo de intensa oferta de informações. “Além disso, o jovem cristão precisa bombardear a sociedade com novas informações sobre o caráter transformado que ele tem”, diz Rafael.


Esse processo de seleção da informação é defendido por Silvia Maria de Oliveira, com mestrado em Gestão Tecnológica. Ela acha necessário ter a consciência do que se quer fazer com o grande volume de informações. Nesse primeiro momento, segundo ela, deve existir um descarte do que é útil e o que não é. “A informação em si não tem significado. O que torna uma informação valiosa é a capacidade de usá-la. A mesma informação pode ter muito valor ou nenhum. Tudo depende de quem é o receptor desta informação. O conhecimento agrega um peso a qualquer informação”, analisa Silvia, desmistificando a idéia de que informação é poder.

Para o diretor da Mocidade para Cristo (MPC), Marcelo Gualberto, vivemos hoje a ditadura da informação que se contrapõe “à paz da ignorância” dos tempos passados. Segundo ele, na década de 1970, os jovens tinham menos acesso ao que acontecia, no entanto, a cultura do homem globalizado fez com que também fosse criado o mesmo processo cultural de alienação. “A desinformação também é alienante. A palavra-chave continua sendo o equilíbrio. A própria Bíblia nos adverte a examinar tudo e reter o que é bom”, aconselha. Gualberto orienta as igrejas e líderes a elaborarem um filtro, usando como base a Bíblia Sagrada.

Se os jovens de hoje estão exigentes, buscando muito mais que diversão e arte, conforme revela a pesquisa, vale atender essa nova perspectiva no processo de comunicação. Ao receber tanta informação, um receptor, seja de qualquer idade, pode muito bem identificar, assimilar, questionar, selecionar, ignorar e aproveitar melhor o seu tempo. Para isso, poderá ser mais bem-sucedido se tiver ajuda e bom critério de alguém que saiba reter o que pode ser válido e construtivo, desembaralhando assim a mente de muita gente confusa.
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